segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Catolicismo e Mariologia

No Estado de São Paulo o catolicismo tem muitos adeptos e no Vale do Paraíba há uma intensa divulgação de doutrinas católicas por televisão, onde vários canais UHF transmitem missas, palestras e músicas.

Diante de tanta difusão, existe muito material interessante, bem montado e bem apresentado. Mas, também, muita coisa não dá para compreender. Uma dessas é o Terço Bizantino. O padre fica repetindo inúmeras vezes a mesma coisa como se aquilo pudesse resolver alguma coisa. A repetição pode realmente ser um método de estudo, fazendo com que o cérebro memorize. Mas depois de uma vez aquele terço já está mais que memorizado. Então para que mais repetição? Que magia pode ter na repetição daquelas palavras? Será que não seria melhor recitar um trecho da Bíblia, como o Salmo 23? Repetir ou ouvir o Padre Marcelo Rossi falar inúmeras vezes (10) a mesma coisa, como: "Jesus, me ajude;" adianta? Falar uma vez só não seria suficiente? Falar 100 vezes sem pensar nas palavras também não adianta. Repetir por repetir? Que valor tem? Que amparo bíblico tem? Quem disse que isso é válido?

Mas a coisa mais absurda é a mariologia. Isso não tem sentido. Assisti uma série gravada em Aparecida que tratava disso. Diziam que os protestantes não têm nada além da Bíblia e que isso é uma desvantagem. Que o catolicismo é mais completo porque tem o legado dos santos e a orientação do Papa, além das decisões dos Concílios. Não vou discutir aqui a validade de tudo isso, mas ao falar sobre o "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem", um livro escrito por São Luis, na época em que, segundo Silva (2003), duas heresias estavam em voga: o protestantismo e o jansenismo. O autor escondeu o livro porque satanás era quem queria destruí-lo. Escondeu-o de Satanás atrás do armário! Os comentários católicos tratam como calúnia e ataque herético do demônio toda tentativa de questionar a devoção à Maria, que até hoje estaria sexualmente virgem e pronta a nos ouvir e a levar nossos pedidos a Deus, que a atenderia por estar ela mesma intercedendo. Nossa intercessora teria passado a ser Maria ao invés de Jesus, pelo seu "instinto maternal". Mas foi só recentemente que a Igreja Católica passou a ter esse entendimento, que foi sendo formado pelos decretos da Igreja, inclusive com significativas mudanças até o século passado.

Além disso, Silva (2003) diz que foi Maria que informou que a condição para a salvação do mundo era a reza diária do terço, uma oração rápida e fácil, que tem grande eficácia para alcançar as graças e as almas do purgatório. Rápida e fácil pode até ser porque se trata de uma repetição, mas a Bíblia diz que para alcançar as graças de Deus, basta pedir com fé; e que quem morre não pode mais ser salvo, portanto, não existe um purgatório (segundo a Bíblia).

Tenho respeito pelos católicos, mas não posso aceitar o que não está na Bíblia e mais, o que está em conflito com a Bíblia. Tenho muitos amigos católicos e não discuto com eles porque sei que têm coração sincero. Mas a Bíblia não é apenas um ponto de partida para o Catolicismo, que tem mudado conceitos bíblicos e criado novas doutrinas em nome de Deus. O que não é bíblico não é ensinamento dado por Deus. Maria morreu e não pode nos ajudar, mas ressuscitará na volta de Cristo. Eu verei e poderei falar com a mãe de Jesus somente após o dia da vinda do filho do homem à Terra. Deus vai ouvir as minhas preces porque eu peço o perdão dos meus pecados diretamente a Deus, em nome de Jesus. Amém.

Referências:
Silva, Rogério Amaral. Apostolado Veritatis Splendor: Introdução à seção de mariologia. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/1525. Desde 07/07/2003.
Como rezar o terço bizantino. Disponível em http://www.npdbrasil.com.br/religiao/como_rezar_o_terco_bizantino.htm. Acesso em 31/08/2009.

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